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Sobre Mim:
Anderson, nascido em 17 de agosto de 1996 (17 anos), concluiu o Ensino Médio em 2012 e, até então, dedica o tempo ao vestibular - antes, para o curso de direito. É bem caseiro. Por natureza, carioca. Por acaso, blogueiro. Futuramente, estudante de Letras: Português-Literaturas. Talvez, dependendo das mudanças que o tempo proporciona, futuro professor de Língua portuguesa, Literatura e Redação. Como passatempo, escreve. Por amor, viciado em filmes e em livros. Gosta bastante da área de epistemologia, do existencialismo, de epifanias e tem como escritor/escritora preferida a Clarice Lispector.
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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Num dia desses, sonhei com a seguinte coisa: o fim do infinito. Já pararam para pensar na importância que aquilo que não tem limite pode ter? A partir de um sonho que expunha a ausência disso em tudo existente na Terra, fui capaz de perceber. Dizem que a ausência de algo é fundamental para que percebamos a necessidade que aquilo tem, pois quando temos, muitas vezes, não valorizamos. É clichê - eu sei -, mas de uma certa forma é verídico. Eu não valorizava o infinito, pois nunca tinha dado a devida importância à sua existência e essa ausência temporária me permitiu mudar a minha visão. Mesmo sendo difícil descrever um sonho - ainda mais quando o mesmo nasceu em mim ou de mim - juro que tentarei explicar da melhor forma. Para flexibilizar esse processo, darei no próximo parágrafo uma certa preferência da voz narrativa ao sonho em seu momento propriamente dito. Faço questão de lembrar que sonhos são confusos e sem chão até mesmo para quem sonha. Portanto, filtrarei o possível para agarrar e colar aquilo que foi capaz de ser entendido por mim mesmo e que desejo que seja entendido por você.
O infinito foi extinguido, pois todos os homens do mundo concordaram em adotar sofismos para todas as verdades ainda não concretizadas - X é X porque sim, e fim de papo. Eu era o único que discordava dessa linha de raciocínio e, como se não fosse o bastante, as pessoas tinham a cabeça fechada para qualquer tipo de contra-argumento, o que fazia meus argumentos serem penalizados e inúteis. O pior de tudo era que por eu ser o único do mundo com tal pensamento, fui devastado por condenações ao meu singular de modo que faziam eu mudar de opinião cada vez mais a respeito do assunto. Já pararam também para pensar na força que a maioria pode ter sobre a minoria? Pode chegar ao ponto da segunda escutar a opinião alheia e mudar seus conceitos - não por ter visto a verdade em si, mas por ter visto no outro e artificializado em si, que é bem diferente. No meu caso, por ser tão minoria, nem sei se me permito chamar assim. Prefiro chamar de nada mais nada menos do que de "eu". Tratava-se de uma força tão grande que não me deixava apto a manter, trabalhar e defender meus princípios das pessoas e nem de mim mesmo. Ser o "eu" tornou-se um incômodo. Era uma situação bastante crítica: eu me transformei no meu próprio absurdo. Talvez me assustar com isso seja um pouco imaturo, pois já devo ter feito várias coisas do tipo e, logo, "deveria" estar acostumado. Afinal de contas, parando para fazer uma abordagem mais geral, como saberei quando minha opinião sai de mim e não de um bolo de massas? É muito estranho saber que posso a qualquer momento ignorar ou já estar ignorando o "eu" e não estar sendo o mesmo. E o pior: nunca saber o quando, nem o porquê e nunca ser 100% livre para ser. Clarice Lispector disse: "Depois que aprendi a pensar por mim mesma, nunca mais pensei igual aos outros". Em parte, compartilho. Porém, "nunca mais" pode ser muito tempo. Quem sabe? Eu não sei.
Neste parágrafo, até pensei em viajar para um outro universo confuso e sem chão: o extremo de um pólo que diz que o infinito acabou de modo que todas as verdades tornaram-se absolutas e foram 100% esclarecidas sem sofismos. Porém, desisti da ideia, pois é na hora de escrever que muitas vezes fico consciente das coisas, das quais, sendo inconsciente, eu antes não sabia. Em outras palavras: mesmo tendo repulsão à ignorância, tenho medo de descobrir coisas que desbotem alguns pensamentos bons que tenho a respeito da descoberta e do estabelecimento de todas as verdades como inteiramente completas e livremente indiscutíveis. Muitos chamam de paradoxo; outros, distopia; eus, por ora preferem ignorar e extrair apenas o que pode ser bom (não tenho orgulho disso).
Tenho muita fixação pela liberdade - seja de qual for o tipo. Tenho o desejo de um dia experimentar me deixar ser sem me arrepender depois - afinal, fico tão encantado com quem se dedica o máximo para ser livre que, logo, quero pelo menos um dia fazer igual. É uma catarse de um futuro que é utópico. Sim, tenho essa noção, sei que é utópico. E o engraçado é eu ficar com medo só por tentar mergulhar em mim mesmo para me conhecer e expandir minha liberdade, pois a proteção que a minha ignorância estabelece pode ser rompida e quebrar o tão idealizado equilíbrio social, afinal de contas. Mas não posso negar que é um anseio. Mesmo havendo doses de covardia, é o que é. E ponto final
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