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Anderson, nascido em 17 de agosto de 1996 (17 anos), concluiu o Ensino Médio em 2012 e, até então, dedica o tempo ao vestibular - antes, para o curso de direito. É bem caseiro. Por natureza, carioca. Por acaso, blogueiro. Futuramente, estudante de Letras: Português-Literaturas. Talvez, dependendo das mudanças que o tempo proporciona, futuro professor de Língua portuguesa, Literatura e Redação. Como passatempo, escreve. Por amor, viciado em filmes e em livros. Gosta bastante da área de epistemologia, do existencialismo, de epifanias e tem como escritor/escritora preferida a Clarice Lispector.

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"Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras" (Clarice Lispector)

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"A missanga, todos a vêem. Ninguém nota o fio que, em colar vistoso, vai compondo as missangas. Também assim é a voz do poeta: um fio de silêncio costurando o tempo" (Mia Couto)

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"Não sou alegre nem sou triste: sou poeta." (Cecília Meireles)
sexta-feira, 1 de novembro de 2013





   Fico bastante chateado quando dizem que quem prefere ou, até mesmo, apenas faz o simples uso da cultura estrangeira desvaloriza a nacional.

   “Marcelo acha que Ana é mais bonita que Maria”. Isso, portanto, significa que Marcelo não acha ou poderia achar que a Maria é bonita também? Se ele batesse no peito e dissesse que a Maria é feia, aumentaria a beleza da Ana?

   É evidente que há pessoas que ignoram a cultura do Brasil. Em muitos casos, são pessoas que não têm o conhecimento necessário para tirar essa conclusão, pois se limitam ao estrangeirismo. Para resolver isso, entra, por exemplo, a participação do professor de literatura brasileira. Este atuará apresentando o mundo dessa literatura aos alunos, que precisam conhecer e desenvolver senso crítico sobre o assunto e, é claro, fazer valer a liberdade de efetuar escolhas - não viver em uma bolha ilogicamente.

   Outro ponto evidente é que o Brasil, muitas vezes, sofre com a homogeneização de si mesmo. Assim, necessita da intervenção estrangeira para reverter o processo. Não devemos encarar isso como inferioridade ou uma “subordinação do mal”, pois o Brasil é singular; o outro abrange o resto do mundo – é plural. Se você considera relevante o fenômeno do “mas o outro também é”, saiba que, nesse aspecto, não há país de cultura autossuficiente (falo pelo meu desconhecimento de haver um e, portanto, peço encarecidamente que prove que estou errado se eu estiver).

   Acho entristecedor saber que tem gente que faz questão de bater no peito e dizer não a uma música internacional, ao Bukowski ou a um "Halloween da vida" achando que esse é o meio de resolver a questão da negligência que, de fato, infelizmente existe para com a cultura nacional. Como se fosse uma questão de equilíbrio em uma “balança de dois braços” em que só um lado sairia ganhando.







   O fato é que a nossa cultura foi formada por uma síntese que teve, também, incrementações estrangeiras. Isso não significa inferiorização, mas uma mistura que só a gente teve e foi capaz de estabelecer. Tudo se trata de uma "balança sem braços" cujos pesos das diversas massas resultam em um só – um peso de conjunto harmônico. Uma mistura que, de certa forma, foi feita pelo brasileiro para o Brasil.

   Maria poderia ser a mais bonita para o João e para o Pedro. Em um dia de inverno, talvez fosse, até mesmo, a mais bonita para o tal Marcelo. Os três são livres para fazer escolhas sobre um ponto que é completamente pessoal.




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