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Sobre Mim:
Anderson, nascido em 17 de agosto de 1996 (17 anos), concluiu o Ensino Médio em 2012 e, até então, dedica o tempo ao vestibular - antes, para o curso de direito. É bem caseiro. Por natureza, carioca. Por acaso, blogueiro. Futuramente, estudante de Letras: Português-Literaturas. Talvez, dependendo das mudanças que o tempo proporciona, futuro professor de Língua portuguesa, Literatura e Redação. Como passatempo, escreve. Por amor, viciado em filmes e em livros. Gosta bastante da área de epistemologia, do existencialismo, de epifanias e tem como escritor/escritora preferida a Clarice Lispector.
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Sobre:
"Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras"
(Clarice Lispector)
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"A missanga, todos a vêem. Ninguém nota o fio que, em colar vistoso, vai compondo as missangas. Também assim é a voz do poeta: um fio de silêncio costurando o tempo"
(Mia Couto)
Sobre:
"Quanto a mim, só sou verdadeiro quando estou sozinho"
(Clarice Lispector)
"Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta."
(Cecília Meireles)
terça-feira, 1 de abril de 2014
Igor acordou cedo para comprar cigarros escondido.
Seus pais, importantes representantes de um segmento social, tinham suas respectivas reputações. Logo, mudar os mais ousados e complexos desejos da legião da alma se torna a escolha mais frequente; não possível, se esconder vira a melhor opção. A aparência é o que mais importa e se deixar Ser é o menos significante - os outros são mais relevantes que os próprios existidores não-estáveis.
Mente quem diz que a liberdade é mais simples do que se pensa. Igor depende de seus pais. Assim, sua verdade será consequência de um processo gradual de subordinação. Logo depois, após atingido o alvo, passará pela subordinação social, que também é a subordinação por não poder ser uma ilha.
A liberdade para Igor dependeu da permissão cujos outros vivessem o seu existir e de que ele ocultasse a sua Legião Estrangeira.
Se deixa ser quem é livre. Por ora, compram-se cigarros escondidos.
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
Bebedor de luas me embriago,
negro no fundo negro das vielas
e me dissolvo, sem passo, no abismo
onde o tempo naufraga sem lembrança.
Um rio sustenta a tua boca,
duas margens de água e carne,
duas feridas de um desejo que do corpo se perdeu.
Não fosse a tua boca
água nua esperando um barco
e morreria eu de amar,
e morrerias tu sem mar.
Mas do sempre que fomos
o que restou?
Silêncio aos pedaços,
palavras que em lágrima se soletram.
E são de aves
as folhas que tombam
e não há chão nem vento onde se deitem.
Melhor dormir se o tempo se faz sem ti
e guardar-te em sonho
até tu mesmo seres noite.
Desperto: todas as pedras secaram,
saudosas de carícia tua.
Todas as luas ficaram por nascer
sedentas dos olhos que são teus.
Depois volto a beber
o luminoso veneno em que escureço
e o dia regressa,
mendigo e mago,
buscando em mim
lembrança de um amor
que de tanto ser
não saberá nunca ter lembrança.
(Mia Couto)
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
"Fiz ranger as folhas de jornal
abrindo-lhes as pálpebras piscantes.
E logo
de cada fronteira distante
subiu um cheiro de pólvora
perseguindo-me até em casa.
Nestes últimos vinte anos
nada de novo há
no rugir das tempestades.
Não estamos alegres,
é certo,
mas também por que razão
haveríamos de ficar tristes?
O mar da história
é agitado.
As ameaças
e as guerras
havemos de atravessá-las,
rompê-las ao meio,
cortando-as
como uma quilha corta
as ondas."
(Vladimir Mayakovsky)
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